sexta-feira, 2 de março de 2012

O CASAMENTO E ESCRAVAS DO AMOR NO FTC 28 A 31 DE MARÇO

A companhia teatral carioca Os Fodidos Privilegiados traz a esta edição do Festival dois espetáculos em homenagem ao dramaturgo Nelson Rodrigues, cujo centenário é comemorado em 2012. Estreada em 21 de março de 1997 na Ópera de Arame dentro da Mostra Oficial, O Casamento retorna este ano com formação original e texto remontado, em reestréia nacional comemorativa do centenário de Nelson. O enredo gira em torno de Dr. Sabino, rico empresário que descobre, na véspera do casamento da filha, a homossexualidade do futuro genro.
A outra montagem, Escravas do Amor, estréia nos palcos do país contando sobre a misteriosa morte de Ricardo quando propõe a mão de Malu em noivado. Ambientado na década de 1940, o texto é uma releitura atual da sociedade, especialmente no universo feminino.
Os dois espetáculos são fruto de uma pesquisa extensa do grupo, que fez adaptações para o palco de obras não teatrais de Nelson. Escravas do Amor por exemplo, é uma adaptação dos folhetins escritos por ele, sob o pseudônimo de Suzana Flag, para os diários associados de Assis Chateaubriand.
Além dos dois trabalhos na Mostra 2012, o Fringe também homenageia Nelson Rodrigues com dois espetáculos:Anjos de Cor, da companhia amazonense Amattores eventos,  e Amor Extremo, do grupo paulista Ditirepa.

Sobre Nelson Rodrigues
“Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico (desde menino).”
Considerado o maior dramaturgo brasileiro, o menino Nelson Rodrigues completaria seu centenário no próximo 23 de agosto, e cem anos de vida ainda não o convenceriam de que existem adultos – defendia que todos os homens crescidos eram meninos perenes.
Nascido em Pernambuco, mas tendo passado toda sua vida no Rio de Janeiro, Nelson atravessou as cortinas para o mundo da dramaturgia por acaso. Cresceu jornalista, escrevendo para o jornal do pai desde os 13 anos, e arriscando-se em crônicas esportivas motivadas por sua paixão maior, o futebol. Foi a dificuldade financeira que enxergou na dramaturgia uma oportunidade – surgia então “A Mulher Sem Pecado”, primeira peça assinada por Rodrigues.


Para mais informações acesse Festival de Teatro de Curitiba

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